CUIDADO COM O BULLING NA FAMÍLIA

Lendo o texto de Walcyr Carrasco, a quem tenho grande admiração ( veja/ jullho de 2010), pude notar os grandes ataques de Bullings, seja na escola, na sociedade, na família. Família? Perguntei eu; mas família não é aquela que nos quer bem? que nos dá apoio, incentiva, nos acolhe, nos protege, nos ama? Enfim! Ás vezes não é tão simples assim , nunca tinha imaginado que esta praga de bulling também pudesse estar bem mais próximo da gente, em nossa família. Repensando minha trajetóriade vida; percebi que vivenciei um caso de bulling em família, há anos atrás tive um paquerinha ( naquela época, também não é muito distânte assim, os namoradinhos, eram paqueras), pois bem este meu paquerinha, sofria pressão horrível do pai. Era o irmão mais novo, o mais velho, enchia os olhos do pai de admiração, era o irmão respeitado, o responsável, o mais bonito, o que se deu bem na vida. Já Dudu, vixe! este era a discórdia em pessoa ( assim achava o pai). Na época não entendia direito, achava até que Dudu, não era filho do pai, de tanta discriminação com o coitado, várias vezes ele mesmo se achava incapaz, e repetia isso. Eu como gostava dele, tentava normalizar a situção, falava sempre que seu pai estava passando por estress, ou mesmo que tudo aquilo era passageiro. Nada que o filho mais novo fazia, estava bom, a mãe daquela ocasião não concordava com a atitude do marido em relação ao filho caçula, reclamava sempre com o marido e dizia que amava os dois filhos. De nada adiantava, o pai era muito rispído, achando que Dudu, não iria dar em nada futuramente, que era incapaz de formar família, de arrumar um emprego de alto nível etc.., percebia que a pressão psicológica imposta para meu paquerinha, acabava muito com ele,muitas vezes até colocava a nossa relação em jogo; achando que seria incapaz de me fazer feliz. Infelizmente hoje Dudu, não está mais aqui para nos contar, acredito eu que se estivesse nos relataria com riqueza de detalhes sobre o bulling que sofreu. Hoje não sei mais daquela família, talvez nem gostaria de saber. Ficou em mim um alerta muito grande após ler e reler o texto de Walcyr, todos nós podemos sofrer deste mal. Acredito também que infelizmente o ser humano não está ainda prepadado para as diferenças.

E Viva as Diferenças.

Com carinho Rê.